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Militão está a 100% para a final da Champions: "Nem nos meus sonhos mais loucos"

AFP
Militão sofreu uma grave lesão na primeira partida da temporada
Militão sofreu uma grave lesão na primeira partida da temporadaProfimedia
Quando o central do Real Madrid, Éder Militão, lesionou-se na primeira partida temporada contra o Athletic Bilbao, a 12 de agosto, havia a certeza de que a temporada 2023/2024 havia terminado.

Cinco anos depois de ser contratado ao FC Porto, por 50 milhões de euros, Militão estava no seu auge e era considerado um dos melhores centrais do mundo, sendo titular do Real Madrid e da seleção brasileira.

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No entanto, quando estava deitado numa cama de hospital, a preparar-se para uma uma cirurgia para reparar uma rutura do ligamento cruzado anterior (LCA), Militão estava apenas “a sonhar" em cumprir o tempo de recuperação, estimado em cerca de 10 meses, antes do início da Copa América de 2024.

No entanto, o jogador de 26 anos superou as expectativas e recuperou antes do previsto, regressando aos treinos sete meses após a cirurgia, e ficando disponível para entrar em campo no final de março.

"Nem nos sonhos mais loucos” Militão imaginaria estar na posição em que está agora, a calçar as chuteiras e a participar nos treinos do Real Madrid, alguns dias antes daquela que será a sua segunda final da Liga dos Campeões.

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Sinto-me como se estivesse a assistir a um filme”, disse Militão à Reuters, enquanto o Real Madrid prepara-se para enfrentar o Borussia Dortmund em Wembley no sábado.

“A lesão surgiu num momento em que eu estava a sentir-me muito bem, a nível físico e mental. Agora parece que tudo passou tão rápido. Mas, para mim, depois de passar por aquele período, foi muito difícil e doloroso. De repente, és obrigado a parar de fazer tudo e ficar em casa sem poder fazer coisas simples sozinho, tendo que depender da ajuda de outras pessoas para se levantar, tomar banho... Como atleta, foi uma experiência de humildade", assumiu.

Militão disse que a solidão e o isolamento foram os seus maiores inimigos durante os momentos mais sombrios no início de sua recuperação. Foi quando se apoiou na família, que o ajudou a ver as coisas com uma perspectiva diferente.

Se estás lá fora sozinho e 100% focado na lesão, parece que acabas por ficar um pouco louco”, disse.

“A saída foi apreciar as coisas boas que obtive com esse período, como passar mais tempo com minha família... E, de repente, cerca de cinco meses após a cirurgia, quando eu estava até brincando que não era mais jogador de futebol, já estava a falar de bola novamente", acrescentou.

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Comecei a brincar com o meu fisioterapeuta, a dizer que talvez pudesse jogar algumas partidas no final da temporada... talvez três... Eu só estava a pensar em recuperar-me sem contratempos...”, explicou Militão.

Decisão complicada

A recuperação de Militão deixou o treinador do Real Madrid, Carlo Ancelotti, com uma decisão complicada. O italiano tem usado o médio Aurelien Tchouameni e Nacho ao lado de Antonio Rüdiger na defesa, depois de Militão e David Alaba terem sofrido lesões no LCA no início da temporada.

Com Tchouameni de fora, devido a uma lesão no pé, Ancelotti terá de decidir entre o brasileiro e o espanhol Nacho, de 34 anos, que teve uma campanha brilhante, conquistando uma vaga na equipa da seleção espanhola para o Euro-2024.

Ser titular na final de sábado não incomoda Militão. O central está apenas agradecido por estar de volta à posição de ajudar a su equipa a conquistar o 15.º título, um recorde da Liga dos Campeões.

“Eu nem sonhava que poderia estar disponível para jogar outra final de Champions nove meses depois... É uma loucura", disse Militão, com um sorriso.

Eu insisto, nem nos meus sonhos mais loucos. Sinto-me pronto e a 100% se for chamado para começar", afirmou.

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