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Julian Brandt participou na grande maioria dos jogos na Liga dos Campeões esta época e é um dos homens-chave de Edin Terzić. Utilizado como número 10 atrás de Niclas Füllkrug, o antigo jogador do Bayer Leverkusen é mais do que um simples criador de jogadas. Sabe defender, organizar, passar, driblar e marcar golos. É certo que não marca 20 golos por época, mas é um elemento muito importante da sua equipa.
Nas últimas três épocas, Brandt foi sempre decisivo pelo menos 17 vezes na Bundesliga. É uma consistência que passou um pouco despercebida, apesar da sua excelente forma. Por isso, se ele conseguir brilhar no cenário europeu com uma grande atuação em Wembley no sábado, poderá ganhar uma nova dimensão.
Contra o PSG, na meia-final, provavelmente fez a melhor eliminatória a duas mãos da sua carreira na Liga dos Campeões, graças principalmente à sua assistência decisiva no jogo da 2.ª mão. O mesmo se aplica aos quartos de final, onde abriu o marcador no Signal Iduna Park, novamente na segunda mão.
Para lá das fronteiras da Bundesliga
Brandt foi um dos melhores jogadores do Borussia Dortmund esta temporada, marcando na vitória por 4-0 sobre o Darmstadt na última jornada. Com sete golos e 11 assistências em 32 jogos, o médio ofensivo alemão é um dos melhores marcadores da Bundesliga e, ano após ano, consegue manter esse nível de desempenho.
No entanto, quando se trata de fazer o mesmo no melhor palco da Europa, Julian Brandt tem dificuldade em causar o tipo de impacto que causa durante o fim de semana.
Mas, mais uma vez nesta temporada, talvez nunca tenha parecido tão bom na Liga dos Campeões, e em Wembley há todos os motivos para acreditar que será a principal arma ofensiva do Dortmund.
Contra o Real Madrid, aguarda-o o maior desafio da sua carreira, especialmente porque os adversários não vão facilitar a tarefa ao internacional alemão. O número 19 terá de encontrar uma forma de criar espaço para os seus companheiros e não limitar a sua própria expressão com bola. Porque, apesar de também ser muito importante na fase defensiva, será analisado pelo que faz no momento ofensivo.
Cobrador de bolas paradas notável, o Dortmund tem todos os motivos para provocar cantos e livres se quiser criar perigo na área adversária. Brandt pode marcar ou fazer golos nestas situações.
Além disso, como vimos contra o Atlético, também sabe ser oportunista com uma segunda bola ou a presença na área após um cruzamento. Não é o melhor finalizador da sua equipa, mas é capaz de enganar a defesa madridista.
Resta saber se, aos 28 anos, já amadureceu o suficiente para enfrentar a grande ocasião. Uma final da Liga dos Campeões - especialmente a primeira - nunca é fácil. No entanto, não há dúvidas de que dará tudo de si na esperança de levar a sua equipa ao triunfo e, por que não, tornar-se o herói de todo um clube.