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O campeão espanhol vai em busca do seu 15.º título europeu e do sexto nas últimas 11 temporadas, contra um Dortmund que quer vencer a competição pela segunda vez.
A AFP analisou cinco aspetos a ter em conta nesta final:
Bellingham na luta pela Bola de Ouro
Jude Bellingham é um exemplo da diferença entre os dois clubes e da dimensão do desafio que o Dortmund terá de enfrentar neste fim de semana.
Depois de ter despontado como um talento adolescente prodigio no Birmingham, do Championship, Bellingham foi moldado para se tornar um jogador de classe mundial durante três anos no Dortmund.
Há 12 meses, foi vendido por mais de 100 milhões de euros ao Real Madrid e, com apenas 20 anos, demonstrou uma maturidade notável para brilhar sob os holofotes do Santiago Bernabéu.
Bellingham já foi coroado o melhor jogador da temporada da LaLiga depois de marcar 23 golos em todas as competições para ajudar o Real Madrid a recuperar o título espanhol.
Com a conquista da Liga dos Campeões, pode se tornar o primeiro inglês a ganhar a Bola de Ouro desde Michael Owen, em 2001, principalmente com a participação da seleção da Inglaterra no Euro-2024.
Sancho pode brilhar no regresso a casa?
Jadon Sancho volta à sua cidade natal, mas com as cores do Dortmund, onde já brilhou em duas passagens.
O jogador de 24 anos voltou à Alemanha em janeiro, emprestado pelo Manchester United, que pagou ao Dortmund 85 milhões de euros pelo extremo há menos de três anos.
Sancho teve dificuldades para igualar o nível da sua primeira passagem pela Bundesliga, sob o comando de três treinadores diferentes no United, e acabou por ser afastado por Erik ten Hag após uma discussão pública com o neerlandês.
De volta ao Dortmund, parece um homem diferente e foi um dos protagonistas da vitória na primeira mão das meias-finais contra o Paris Saint-Germain.
O triunfo sobre o Real Madrid seria o ponto culminante de uma reviravolta espetacular na sua época e ajudaria a aliviar a dor depois do sofrimento em Wembley.
Sancho foi um dos três ingleses que falharam na final do Euro-2020, na decisão por penáltis contra Itália.
A despedida de sonho de Reus?
Juntamente com Mats Hummels, Marco Reus é um dos dois únicos jogadores do Borussia Dortmund que viveram a derrota na final de 2013 para o Bayern de Munique.
As lesões impediram-no de atingir todo o seu potencial, incluindo um problema no tornozelo que o levou a falhar a vitória da Alemanha no Mundial-2014, mas o jogador natural de Dortmund tem sido a estrela fiável do clube, marcando 170 golos, durante uma era em que o Borussia se tornou um trampolim para jogadores como Bellingham, Sancho e Erling Haaland.
Agora com 35 anos, sábado será o seu 429.º e último jogo de uma carreira no Dortmund que poderá ter um final de conto de fadas.
Fullkrug vs Rudiger
Um confronto de pesos-pesados entre dois jogadores da seleção alemã pode ser decisivo para o destino da final. Dentro de duas semanas, Niclas Fullkrug e Antonio Rudiger estarão do mesmo lado da seleção anfitriã do Euro-2024. Os dois jogadores percorreram caminhos muito diferentes até chegarem ao maior evento do futebol europeu.
Há apenas duas épocas, Fullkrug jogava na segunda divisão alemã com o Werder Bremen, mas foi convocado pela primeira vez para a seleção nacional aos 29 anos para o Mundial-2022 e, no verão passado, assinou pelo Dortmund.
O avançado marcou 16 golos esta época, incluindo o golo da vitória na primeira mão das meias-finais contra o PSG.
Rudiger já é um vencedor da Liga dos Campeões desde a sua passagem pelo Chelsea e desempenhou um papel importante na corrida do Real Madrid até à final, ao travar Haaland, do Manchester City, e Harry Kane, avançado do Bayern de Munique.
Ancelotti, mestre da Liga dos Campeões
Carlo Ancelotti já é o único homem a vencer a Liga dos Campeões quatro vezes como treinador e pode abrir uma clara brecha como o treinador mais bem sucedido na história da competição em Wembley.
Ancelotti conduziu o AC Milan à glória na Liga dos Campeões em 2003 e 2007, antes de acabar com a seca de 12 anos do Real Madrid pela 10.ª Orelhuda em 2014, durante a sua primeira passagem pela capital espanhola, e de a conquistar novamente em 2022.
Mas foi durante a sua segunda passagem como treinador do Madrid que a mistura de gestão de homens e proezas tácticas de Ancelotti começou a receber o crédito que merece como um dos grandes de todos os tempos.
"Acho que a nossa maior força é que ele encontra uma maneira de deixar os jogadores jogarem com liberdade", explicou Bellingham.