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Antes de se preocupar com os prémios individuais, o avançado brasileiro quer conquistar o segundo título da Liga dos Campeões no sábado, quando o Real Madrid defrontar o Borussia Dortmund em Wembley.
Vinícius foi o homem que levou o Real Madrid à sua 14.ª Liga dos Campeões em 2022, ao entrar na área pela esquerda e rematar para a vitória por 1-0 sobre o Liverpool.
Foi uma finalização simples, mas que ele não tinha conseguido fazer antes, várias vezes, no que se revelou um início de vida complicado em Madrid.
Lançado para o lugar deixado pelo antigo melhor marcador de todos os tempos, Cristiano Ronaldo, em 2018, Vinícius começou por ser alvo de chacota, dada a sua falta de eficácia.
Após o regresso do treinador Carlo Ancelotti para uma segunda passagem pelo comando técnico em 2021, o brasileiro foi um dos principais beneficiados. Depois de 14 golos em três épocas antes da chegada do italiano, Vinicius marcou 22 sob a orientação de Ancelotti.
O 22.º golo foi marcado em Paris contra os Reds de Jürgen Klopp, uma recompensa justa pela transformação de Vinicius.
No ano seguinte, o brasileiro marcou 23 golos e, antes da final contra o Dortmund, na Bundesliga, também já atingiu essa marca.
Vinicius também beneficiou do facto de Ancelotti ter mudado o sistema esta época para acomodar a chegada de Jude Bellingham e colmatar as deficiências defensivas da equipa. Ancelotti tem utilizado Vinicius como avançado, um papel ao qual o extremo demorou a adaptar-se.
"Agora posso jogar em mais posições e foi assim que melhorei muito o meu jogo do que quando cheguei aqui. Continuo a evoluir e quero continuar a evoluir até ao último dia da minha carreira, tal como o Toni Kroos está a fazer", disse Vinícius aos jornalistas antes da final.
O médio alemão foi uma das boas influências sobre o internacional brasileiro, mas a orientação de Ancelotti revelou-se fundamental. Um dos seus maiores feitos do italiano foi mesmo transformar Vinícius de um diamante bruto num jogador de elite.
"Sinto-me confortável com tudo o que o treinador me diz, porque ele mudou-me como jogador", continuou Vinicius.
"Ele deu-me a confiança de que preciso e onde ele me diz para ir, tenho de estar. No início, não estava convencido de jogar por dentro, agora estou muito feliz por jogar ali - ele sempre me disse que eu ia marcar golos e eu não acreditava. E, no final, as coisas acabaram por correr bem".
Tempo para melhorar
Depois de três golos nos primeiros 11 jogos da época e com o recém-chegado Bellingham a assumir o protagonismo, Vinicius não se mostrou preocupado, até porque esteve fora dos relvados durante mais de um mês devido a uma lesão muscular.
"Tive tempo para trabalhar naquilo que normalmente não trabalho, para pensar no meu jogo e em tudo o que podia fazer para o evoluir... e chegar à fase mais importante da época com um nível melhor", explicou.
Vinicius marcou 17 golos nos últimos 23 jogos, incluindo dois golos contra o Bayern de Munique na meia-final, quando atropelou Joshua Kimmich, mas também tem dado que falar por outros motivos, depois de, nas últimas duas temporadas, ter sido alvo de ofensas raciais em Espanha.
"O racismo é algo que não posso controlar, mas tento sempre manter a calma", disse.
Felizmente, nas últimas semanas, essas ofensas diminuíram e Vinicius teve oportunidade de se concentrar no futebol.
Quando lhe perguntaram se aceitaria uma vitória por 1-0 sobre o Dortmund, como aconteceu há dois anos contra o Liverpool, em que foi ele a marcar o golo da vitória, Vinicius respondeu "com certeza".
"Com um golo de qualquer um", continuou, apontando a Liga dos Campeões acima de qualquer consideração individual.
"Nunca pensei (em ganhar a Bola de Ouro). A melhor coisa que pode acontecer nesta temporada é ganhar a Liga dos Campeões", concluiu.