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A Europa rende-se ao Real Madrid: campeão europeu pela 15.ª vez

Hugo Filipe Martins
Carvajal e Vini fizeram os golos decisivos
Carvajal e Vini fizeram os golos decisivosAFP
O Real Madrid volta a reinar na Europa. A Liga dos Campeões regressa a casa, a um Santiago Bernabéu que já arranjou espaço no seu recheado museu para receber a Orelhuda pela 15.ª vez na sua história. Um final espetacular para uma época mágica da equipa de Carlo Ancelotti. O Dortmund sonhou, mas sonhos são sonhos e, quando acordou, viu Nacho, o capitão merengue, erguer o troféu de campeão para os céus de Londres.

Na catedral do futebol mundial, num Wembley vestido a rigor, num cenário inesquecível, o Real Madrid voltou a escrever o seu nome em letras douradas nesta competição que parece ter sido feita à sua medida.

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Desde a final da Taça dos Campeões e da Taça das Taças, em 1981, que o Real Madrid não perde uma final da Liga dos Campeões. Desde então, embora tenham tido de esperar por 1998 para alcançar o desejado “Sétimo”, ganharam todas as outras em que estiveram presentes. E depois, no século XXI, veio o oitavo, o nono, o décimo... e assim por diante até ao recém-conquistado 15.º.  

O caminho até ao título esteve repleto de alemães

O caminho para voltar a impor a sua ditadura futebolística na Europa começou contra uma equipa alemã, o Union Berlin, e terminou contra outra, o Borussia Dortmund. E, pelo meio, outras duas, RB Leipzig e Bayern. 

Uma fase de grupos irrepreensível, com seis vitórias em outros tantos jogos contra os já mencionados alemães, o Nápoles e o SC Braga. 

Nos oitavos de final, frente a outro rival alemão, o RB Leipzig, passou com grande dificuldade, depois de uma vitória apertada fora e um empate no Bernabéu. Nos quartos de final, contra o então campeão continental, o todo-poderoso Manchester City, que foi derrotado nos penáltis após dois empates, antes de encontrar outro adversário poderoso, o Bayern de Munique, nas meias-finais. 

Se contra a equipa de Guardiola já tinham conseguido uma qualificação épica, contra os bávaros cresceu a lenda blanca da Liga dos Campeões, a lenda das reviravoltas impossíveis, a lenda da crença de que os deuses do futebol estão sempre do lado de Madrid. 

E depois a final contra um Dortmund sonhador, que esteve perto de conseguir a proeza, mas que, tal como os seus compatriotas e os restantes adversários desta edição, teve de se ajoelhar e curvar perante os 15 vezes campeões europeus. 

E, entretanto, na capital espanhola, a deusa Cibeles, a que os protege, a que mais desfruta do seu êxito, já está à espera dos seus heróis com milhares de madridistas. Porque a Liga dos Campeões, mais uma vez, é propriedade do Real Madrid.