"Pela primeira vez em França, uma propriedade desportiva estrangeira obteve uma ordem dinâmica com base no artigo L. 333-10 do Código do Desporto francês, permitindo que as suas competições sejam protegidas pelas autoridades francesas contra as transmissões ilegais no seu território", declarou a associação presidida por Javier Tebas.
De acordo com a decisão,"o juiz ordena aos fornecedores de serviços Internet (FSI) que implementem, sem demora, todas as medidas para impedir o acesso aos sites identificados pela LaLiga na sua ação judicial, bem como aos sites ainda não identificados à data da decisão".
Por outras palavras, deve bloquear os endereços denunciados pela LaLiga e os que se tornarem conhecidos posteriormente.
"Com esta decisão do tribunal, a LaLiga vai agora recorrer à ARCOM (autoridade pública francesa responsável pelos meios audiovisuais e digitais) para obter o bloqueio por via administrativa de qualquer novo site ou serviço não identificado no momento da decisão do juiz, a fim de impedir ou parar a retransmissão dos jogos da LaLiga e da LaLiga Hypermotion".
Milhões de euros de prejuízo
Segundo a própria LaLiga, "a fraude audiovisual é um flagelo para o desenvolvimento do futebol e representa uma perda anual de vários milhões de euros para os clubes da LaLiga e para uma indústria que emprega mais de 194.000 pessoas. Por detrás desta prática ilícita não há heróis, mas sim máfias organizadas que lucram com o trabalho e os direitos legítimos dos clubes, das empresas audiovisuais, etc. Além disso, fazem-no através de um mercado negro que não paga impostos, com todos os prejuízos que isso acarreta para toda a sociedade".