A pressa não é boa conselheira, pelo menos é o que se diz. Claro que, no caso do avançado brasileiro, tem toda a razão. Entre a falta de golos, o baixo nível de Lewandowski em certos momentos e várias lesões, o Barça antecipou a chegada de Vítor Roque, inicialmente prevista para a época 24/25 .
Parecia ser a solução para os problemas, depois de ter marcado muitos golos no Paranaense, 21 em 45 jogos, daí que o período de adaptação tenha sido antecipado. Mas nada correu como esperado. Xavi não confia nele depois de o ter visto treinar e não lhe deu minutos para se exprimir em campo. E, sem jogar, aumentaram as dúvidas sobre o verdadeiro nível de um jogador pelo qual foram pagos 30 milhões de euros mais outros 30 milhões em variáveis, a maioria das quais não são muito difíceis de alcançar.
Para piorar a situação, há a questão salarial. A LaLiga permitiu que Vitor Roque fosse inscrito em janeiro, devido à lesão de Gavi, mas apenas durante o resto da época. Uma vez terminada a época, o registo terá de ser formalizado como se de um novo contrato se tratasse. E com o Barça muito acima do seu limite salarial, a LaLiga não permitiria a sua inscrição ou a de qualquer nova contratação na situação atual.
Necessidade de vender jogadores
Para que o Barça possa inscrever o brasileiro, precisa de reduzir a sua massa salarial em muitos milhões de euros. E para isso precisa de mais receitas, como a venda de jogadores. A mesma situação dos últimos dois anos. É por isso que o clube considera a hipótese de se desfazer de Vítor Roque, quer através de uma transferência, quer através de um empréstimo em que assume a totalidade do seu salário. Esta última opção é a preferida do clube blaugrana, para o caso de o jogador explodir e poderem recuperá-lo.
Para já, o seu agente, André Cury, já colocou o seu nome à disposição de vários clubes europeus, como o FC Porto e o Inter de Milão. Até no futebol inglês. Mas nada é oficial. Espera-se para breve uma conversa entre Deco, diretor desportivo, o jogador e o seu agente, para ver que passos podem ser dados. Principalmente se o Barcelona não conseguir garantir a inscrição do Tigrinho por razões económicas.
Contra a Real Sociedad, novamente inédito
O Barça jogou contra a Real Sociedad na noite de segunda-feira e Vitor Roque ficou mais uma vez sentado no banco. A explicação, segundo Xavi no final do jogo, é que tinha sofrido um golpe no tornozelo desde domingo e por isso nem saiu para aquecer.
Qualquer que seja o motivo, o jogador natural de Minas Gerais não joga desde 13 de abril, há mais de um mês, quando fez 62 minutos contra o Cádiz. Era a jornada 31...