No papel, tudo leva a crer que o time merengue, campeão espanhol nesta temporada, leva vantagem no jogo decisivo.
Todavia, o Dortmund derrubou o Paris Saint-Germain de Kylian Mbappé na semifinal.
Especialista em finais
Se existe algo em que o Real Madrid é bom são as grandes noites europeias e, sobretudo, as finais.
A última derrota da equipe no principal torneio europeu foi em 1981, contra o Liverpool, em Paris. Depois, foram foram oito decisões e oito vitórias (1998, 2000, 2002, 2014, 2016, 2017, 2018 e 2022).
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Mas apesar do peso da história, o Real Madrid prefere não ter a pressão de se sentir favorito.
"Temos pela frente uma equipe que eliminou grandes como Atlético (de Madrid) e PSG. Vamos sofrer e lutar como em todas as finais", afirmou o técnico Carlo Ancelotti, campeão europeu duas vezes como jogador e quatro como treinador.
De volta 11 anos depois
Para o Borussia Dortmund, estar na final da Champions é algo muito mais extraordinário, já que será a terceira vez na história do clube.
O único título veio em 1997, diante da Juventus. Mas em 2013, justamente em Wembley, o time foi derrotado pelo Bayern de Munique.
"Nosso objetivo é ganhar esta Liga dos Campeões. Para isso, temos que vencer os melhores e vamos enfrentar o clube que é o campeão absoluto da história do futebol, especialmente nesta competição", ressaltou o técnico Edin Terzic, que aos 41 anos comanda o clube do qual é torcedor desde menino.
A classificação do Dortmund à final tem o paradoxo de ter sido alcançada após a saída de astros como Erling Haaland, atualmente no Manchester City, e Jude Bellingham, que agora defende justamente o Real Madrid.
Despedida de Kroos
O principal contratempo para o Real Madrid no caminho até a final foi a lesão do francês Aurélien Tchouameni, que viajou com a delegação a Londres, mas não terá condições de jogo devido a um problema no pé esquerdo.
O goleiro ucraniano Andriy Lunin ficou em Madri devido a um processo gripal e vai se juntar ao grupo na capital britânica no próprio sábado pelo risco de contágio antes da partida.
Mas um jogador se destaca dos demais porque a final da Champions será seu último jogo no futebol de clubes: Toni Kroos, que se despede do Real Madrid.
O experiente volante, que vai se aposentar depois de disputar a Eurocopa pela seleção da Alemanha, pode levantar a "Orelhuda" pela sexta vez, assim como seus companheiros Luka Modric, Dani Carvajal e Nacho Fernández. Com isso, igualariam o recorde do mítico Paco Gento.
Desafio organizacional
No aspecto organizacional, o desafio é evitar qualquer incidente que prejudique o evento.
A UEFA teve que lidar com imagens difíceis de digerir na final da Euro em 2021, em Wembley, com confrontos violentos entre torcedores sem ingressos que forçaram os portões do estádio para tentar entrar.
"Aprendemos a lição e implementamos medidas adicionais", afirmou nesta semana Chris Bryant, dirigente da Federação Inglesa de Futebol.
Há dois anos, a última final de Champions que o Real Madrid disputou, em Paris, também foi marcada por incidentes nos acessos ao estádio, com o bloqueio de torcedores que não podiam entrar, o que atrasou o início da partida em uma hora, em cenas de caos que rodaram o mundo.