Savinho ainda não confirma a negociação, mas a transferência para o Manchester City está encaminhada. Revelado pelo Atlético-MG, o brasileiro pertence ao Troyes-FRA, do City Football Group, que também controla o clube inglês — e do qual o Girona faz parte.
Com 9 gols e 10 assistências em 37 jogos, Savinho ajudou o time catalão a alcançar a melhor campanha de sua história em LaLiga. O 3º lugar, com 81 pontos, garantiu a vaga inédita na Liga dos Campeões. O atacante está entre os indicados ao prêmio de melhor jogador sub-23 do campeonato.
Confira abaixo os principais trechos da entrevista com Savinho.
Ficou surpreso com o rendimento do Girona e com seu próprio desempenho logo na temporada de estreia em LaLiga?
Ao vir para o Girona, fizemos uma escolha acreditando no projeto da direção e nas peças que o clube iria trazer. A gente sempre procura se esforçar para fazer o melhor, mas realmente o nosso encaixe na temporada foi excelente e conseguimos ter um desempenho excepcional, que surpreendeu muita gente.
Tem noção de que marcou história no clube?
A ficha ainda está caindo aos poucos. A homenagem depois do jogo contra o Granada vai ficar marcada para sempre, com o estádio todo de pé aplaudindo a comissão, staff e jogadores, e para melhorar ainda tive a felicidade de receber uma premiação individual.
O que fez a diferença para tudo funcionar tão bem para o Girona na temporada?
Com certeza foi a qualidade e o comprometimento de todos os profissionais envolvidos. Isso fez toda a diferença, e é muito gratificante chegar ao fim da temporada tendo alcançado nossos objetivos principais.
Quais foram seus maiores aprendizados em LaLiga? Algo que chamou mais sua atenção?
A intensidade do jogo e a necessidade de estar sempre concentrado, porque os detalhes podem decidir muitos jogos. Além disso, pudemos colocar em prática muitas coisas que treinamos exaustivamente, e é muito legal ver que nosso esforço levou a uma campanha histórica do clube.
Acredita que atingiu outro patamar em quais aspectos?
Consegui evoluir bastante nas partes física e tática, e, com a sequência dos jogos, ganhar confiança para arriscar mais com a bola no pé, para poder tentar criar mais oportunidades para o meu time.
O que te deixou mais satisfeito nesta última temporada?
Termino a temporada muito feliz com o grupo de trabalho no Girona, desde o staff à diretoria, passando pela comissão e atletas. A gente criou um ambiente muito sadio, sempre colocando os objetivos do time em primeiro lugar, e sentimos isso com o reconhecimento da torcida que encheu o estádio em todos os jogos.
Já se imaginou em campo ouvindo o hino da Champions? Será um sonho realizado?
Eu ainda não sei onde estarei na próxima temporada, meus agentes ainda estão conversando, e devemos decidir nas próximas semanas. Mas é claro que jogar uma Champions League para quem acompanha futebol desde criança será uma conquista incrível, até porque é um torneio que tem um clima todo especial nos jogos.
Acha que foi um passo importante estar em um clube de menor expressão neste começo de passagem pela Europa, para ter mais minutagem e ganhar experiência?
Independentemente das colocações do clube nos anos anteriores, apostamos com muita convicção no que a diretoria nos apresentou. O Girona tinha muita ambição, e entendemos que a proposta de jogo encaixaria com o meu estilo. Felizmente pude alcançar uma minutagem alta com ótimos números individuais. Isso também vai fazer crescer a minha responsabilidade e as expectativas para o futuro, mas vou seguir trabalhando firme e buscando sempre melhorar.
A Copa América é a chance de se firmar na Seleção Brasileira e dar um passo importante pensando em Copa do Mundo?
Eu sempre penso que preciso encarar toda oportunidade como se fosse a última. Jogar na Seleção é um sonho e vou me esforçar muito para conseguir merecer alcançar uma sequência de convocações, pois essa é apenas a minha segunda, e não posso negar que, como qualquer outro jogador, almejo sempre ser convocado.